A jarina (Phytelephas macrocarpa) é uma palmeira encontrada na Amazônia e em outras regiões da Terra cujas sementes originam gemas orgânicas de cor e brilho parecidas ao marfim animal, e por essa razão são usadas na confecção de produtos artesanais.
Os frutos contêm quatro a nove sementes de forma oval com casca composta por três camadas. No interior dessas sementes existe um líquido semelhante à água de côco que depois adquire forma gelatinosa para finalmente torna-se numa substância branca e dura, incrivelmente parecida com o marfim de origem animal. Antes do advento dos plásticos era muito utilizada na fabricação de botões.
Em grande escala, as sementes são desidratadas à luz solar ou em estufas, por até quatro meses, dependendo do teor de água. Em seguida, são descascadas mecanicamente, classificadas pelo tamanho e cortadas em fatias para serem utilizadas na fabricação dos botões que adornam algumas das melhores roupas do mundo. Mas, infelizmente os produtos da jarina resistem em média 5 a 10 anos, em consequência do ataque de micro-organismos.
Além dos botões, muitos outros produtos podem ser feitos da jarina: joias, peças de xadrez, palhetas para instrumentos de sopro, teclas de piano e cabos de guarda-chuva, etc. Este marfim vegetal graças a sua microporosidade, aceita tingimentos com corantes sintéticos e naturais, processos de envelhecimento e pode ser manipulado com ferramentas adequadas. Muitas pessoas usam artefatos de jarina como amuleto natural para melhorar sua saúde e para favorecer o crescimento espiritual. De quebra a jarina também contribui para a sobrevivência dos elefantes africanos e suas belas presas de marfim. Impressionante, não é mesmo?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Aparecida Santos